sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A mim não engana

Era uma tarde chuvosa de terça-feira.Não chovia, mas o tempo tava úmido, nublado e a havia aquela sensação de que a chuva era uma simples questão de tempo.

Terminada a aula de Psicologia da Comunicação, não restava muito o que fazer por lá. Na época, eu não era de ficar na ECO até não poder mais - ainda não tinha me ligado no quanto aquilo poderia ser divertido - então, terminada a aula da professora Fernanda, (peguete do Paulo Vaz e que, se não era um fenômeno de mulher, ao menos tinha seu charme) peguei minhas coisas e ralei peito.

Deixei as arcadas neo-clássicas da ECO ao lado daquele que, mais tarde, seria conhecido de toda a nata da sociedade carioca como Dedé, mas até então era só mais um dos tantos Andrés que faziam parte da galera 98/2.

Era primeiro período, pessoas se conhecendo e os papos, mais do que nunca, giravam em torno dos novos e tantos colegas. O papo que se desenrolou ao longo da Av. Pasteur, sentido Rio Sul foi o seguinte (começando comigo):

- Legal que a galera tá se enturmando rápido, né, cara?
- É verdade. E isso porque a parada só está começando.
- Pode crer, mas vou te falar uma parada... Mermão, nunca estudei com tanto viado junto.
- Hahahaha. Pode crer, mas faculdade de comunicação é assim mesmo.
- Pois é, mas 3 só no nosso período é cruel.
- Ué? Três!? Olha, um eu sei que é certo e tem mais um em que rola uma seríssima desconfiança, mas é meio que certo também, mas o terceiro eu não sei quem é não.
- Então vamos lá: o que é certo é o Huguinho, correto?
- Isso. Esse aí não rola dúvida.
- O outro é o Zezinho.
- Isso mesmo. Até aí, ok.
- O terceiro é o Luizinho, porra!(se você não entendeu, os nomes reais foram preservados porque hoje essas são pessoas sérias, bem empregadas, freqüentam cruzeiros gay pelos mares do norte, mas não se sabe se eles admitem abertamente as razões pelas quais nunca conseguiram trabalhar na Mabel).

André faz cara de intrigado.

- Não, cara... que isso!! O cara tá pegando uma menina da faculdade. Nada a ver.
- André, vai por mim, rapaz.
- Nada, cara. O cara não é viado não. To falando pra você. Sei lá... de repente é o sotaque dele. O cara não é do Rio e você deve estar estranhando. É só a forma de falar.
- Valeu, André. Hehehehe. Qualquer hora dessas a gente volta a esse assunto e vamos ver se a sua opinião vai ser a mesma. heheheh

Não voltamos especificamente a esse assunto, mas hoje acho que nem precisa mais.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Que memória, hein!

Vqs disse...

eu acho que sei quem é...