quinta-feira, 10 de abril de 2008

Pra lá de Torta – O dia que a ECO acabou com uma das principais atrações do Guapo Loco – Parte 1

Leandro Godinho... se eu pudesse definir o cara em uma frase, diria: um sujeito de inclinado a uma vida de excessos. Rapaz de uma eloqüência ímpar, bebedor inveterado e sempre cercado dos piores tipos à sua volta. O que esperar do aniversário do Godinho em uma festa chamada Terça Torta que acontecia no Guapo Loco?

O esquema era o seguinte: o sujeito pagava uma bagatela humilde e rolava de tudo liberado até a meia noite. Já imaginou? Eu não bebo, mas era festa, era aniversário do Godinho, meu camarada, o local estaria recheado de calouras e não calouras, fora o fato de que bêbados me divertem.

Cheguei na parada já era pouco mais de 23h30 e já estava bem cheio – o que não é difícil, aliás. Cumprimentei geral, mas senti falta do aniversariante.

O cara nem estava escondido, estava num lugar bem evidente, até. Godinho se encontrava sentado, com o cotovelo encostado na mesa, cabeça arriada e transpirando como um porco, com um copo semi-cheio ao seu lado. “Mas já?!?!?! Porra, Godinho!!” foi o que eu disse, mas seu estado só permitiu que levantasse seus dois dedos em sinal de V, como lhe é característico. Nem a cabeça levantou.

De pé ao seu lado estava Vivi (pasmem), surpreendentemente sóbria. Sério, tão sóbria quanto eu.

Um pouco mais sobre Vivi
Vivi tinha tudo pra ter sido nossa caloura, mas preferiu estudar no Brizolão. Ta... ok, não posso enfiar as coisas boas da vida pela goela abaixo de quem não quer.

Vivi entraria na ECO no semestre de 99/2. Com ela, trouxe Karem (figuraaaaaaaaça) e Larriza (Ah... Larriza...) e com ela levou Karem e Larriza para o Brizolão. Mas o fato é que, afora as poucas vezes que nos vimos pelos corredores da ECO, sempre na companhia das amigas, Vivi era articulada, porém discreta.

Sua verdadeira face se mostrou numa ocasião em que saiu com Dudu, Alonso e Christiano. Como eu não estava presente, vou deixar essa história para quem quiser contar, mas o fato é que, a partir de então, não consigo me referir à Vivi sem que a seguir venha o epíteto “Cachaça”. E não só isso. Desde então, todas as Vivis que eu conheci ganharam esse epíteto, graças a ela. Com uma, inclusive, tive uma certa indisposição porque não sabia que o pai da mulher era alcoólatra. Foi uma merda.

Mucho Locos
Do cumprimento ao aniversariante em diante uma série de acontecimentos bizarros se sucederam.

Vou para a pista e recebo um abraço caloroso de Larriza, com a exclamação “Leeeeeeeeeo!!”. Larriza estava pra lá de Bagdad: olhinhos baixos, sorriso fácil e molenga, e procurava se livrar de um mala que estava atrás dela – doidona, mas dona de suas vontades, acima de tudo. Abraço dado, a beldade volta para seus amigos do Brizolão.

Christiano me aborda:
- Cara! Vai pegar a Larriza?!
- Cara, pelo amor de Deus, a mulher ta doidona! Chegar assim é até covardia.
- Que isso, Leo?! O guerreiro não perdoa, tu sabe disso.
- Pó, Chris... sei lá, cara. Não acho legal. Ela é foda, mas assim não é legal com ela.
- Mas é legal contigo, porra!!! Pega, rapá!

Saí dali meio com meus princípios e hormônios em crise de relacionamento. Fui dar uma volta e dar uma chance pros meus hormônios e nessas encontro Vivi.

- Vivi, cadê Larriza?! Esse lugar é um ovo e não a encontro.
- Ih, rapaz. Larriza passou mal e já levaram ela embora, tadinha.
- Puta que pariu...

Já que estava perto do abarrotado bar, fui (tentar) pegar uma Coca-Cola. Na minha frente, uma porraaaaaaaaada de gente, mas duas meninas me chamaram atenção. A julgar pela inexperiência, eram calouras, pelos atos, estavam cheias de cana. Uma delas, esticava o braço e dizia com voz vacilante e semi-dormente: “Eu quero uma frozen! Uma frozen, porra!”, mas ninguém ouviria aquilo. Então, pedi uma frozen, entreguei em sua mão (ela nem agradeceu) e voltei a tentar meu refrigerante.

Peguei o lance e saí, mas elas ainda estavam ali. Parecia que tinham andado menos a distância de uma régua de 30 cm em relação ao lugar onde estavam quando lhes entreguei a merda da frozen. Estavam tentando subir as escadas rumo ao banheiro – que, de fato, estava tumultuada, mas o real motivo daquela demora toda estava a uma olhada mais atenta de distância: a caloura da frozen tinha vomitado no cabelo da amiga, que, doidona, nem percebeu.

A caloura: Marcela
A amiga: Letícia

Continua...

5 comentários:

Hagen disse...

A minha sorte foi ter ido com a Melissa pra la. estava em inicio de relacionamento e nao queria perder a linha... se estivesse sozinho, concerteza teria tido o fim da maioria.

Hagen disse...

ah e se minha conta nao falha, eu deixei de ver o Godinho depois que ele sinalisou sua 7 tequila. Cada uma ele fazia o numero respectivo com os dedos... E sorrindo torto me chamava, Hage, Hagen!!! Cinco, Seis, Sete...
Depois disso, nao o vi mais. Soube depois que ele estava no Hospital.
Do lado de fora, no final, Dudu tentava explicar pra Melissa que isso que ela tinha visto, a piscina de vomito, nao era uma coisa normal... hauhauhauhauha.

Vqs disse...

hahahahahahaha
Muito bom!!!!!
E eu estava realmente sóbria esse dia!
Não sei o que vc vai escrever no "continua" mas eu destaco a amiga da Larriza que encheu "aquele copo" que eu tirei foto! O Godinho que entrou para o Guiness do soro no Miguel Couto! E as amigas que fizeram panqueca na mesa!

Vqs disse...

Vou preparar um texto sobre a minha história real com a ECO!
E sabia que minha saída com os meninos ia ser mencionada um dia... mas deixa pra quem quiser contar! ;)

Paula Dantas disse...

ainda bem que fui uma figura discreta na ECO...
fui nesse dia e pra minha sorte comi uns tacos antes de entornar!!

Nossa, eu tinha fotos dessa noite em algum lugar, Leo... O cheiro de vômito ainda me vem a mente nesse minuto!! Eca!

bjocas,
Paula de Paula