segunda-feira, 14 de abril de 2008

A verdadeira história de Vivi Queiroga

Por Vivi Queiroga - a Cachaceira

Eu tinha um sonho: Ser aluna de Comunicação da UFRJ! Era o sonho de uma adolescente, que já tinha uma irmã na ECO, que já ouvia histórias do laguinho, do teatro de arena, do ENECOM, já tinha ido a uma festa junina e queria tudo igual! Só que alguns pontos a menos adiaram esse sonho e eu tive que entrar pra UERJ (só três meses depois recebi a carta da reclassificação!).

Mas nem tudo estava perdido! Porque foi no Brizolão que me formei, fiz tb muitos amigos e iniciei minha carreira boemia! Mas o que eu também não sabia é que esse acidente de percurso me faria vivenciar as experiências mais divertidas da minha vida universitária – ser uma aluna da ECO e da UERJ.

A UERJ não tinha Laguinho, Sujinho e Festa do Hagen, mas tinha Loreninha, Vinholada no Teatrão e Festa do Abel (em Vila Valqueire!). A ECO não tinha DJ Cris, Festa Brega e ônibus de graça pro ENECOM, mas tinha COMA (em Marechal!), Churrascom e Festa de Calouros!

Mas tinha uma coisa que as 2 tinham em comum! E que foi responsável pela minha inserção nas duas faculdades: A adoração pelo MC Magalhães!

Este ícone contemporâneo, saído da Zona Oeste para o mundo, que movimenta massas de fãs enlouquecidos com sua poesia profética: “O Cesar Maia quebrô a firma, todo mundo duro Cesar Maia”.

E ao contrário do que o Léo diz, que eu preferi estudar no Brizolão, eu comecei a minha Vida dupla embalada pelo Rap do trabalhador!

Na UERJ fui uma caloura que se destacou por ter ido a um show do MC Magalhães e saber cantar o hino dos povos! O Rap do Trabalhador era o símbolo da Faculdade de Comunicação da UERJ! Hasteávamos a bandeira toda manhã cantando essa pérola da música funk brasileira!

Na ECO minha história começou parecida! Não foi no dia da inscrição em disciplinas, quando fui interceptada por 2 veteranos fazendo cara de mau, que dessa vez não estavam ali para constranger, mas me deixaram assustada! Logo eu, uma caloura de segunda viagem! Minha história começou exatamente em agosto de 1999, em solo Alagoano! Eu, pós-caloura de UERJ, marrenta, bêbada, andando pelas ruas de Maceió, vejo um típico rapaz nórdico: cabelo bem loiro, olhos azuis - E ele se destacava no meio da multidão de “pessoas acima de Niterói”, mas o que mais chamou minha atenção foi que ele pulava e cantava sem parar o “hino sagrado”: “Na, na, na, na, na Magalhaezê. Tomaro sua caixa de bombom-ô...”!

Me indignou ouvir a música sagrada sair da boca daquele nórdico e o interceptei:

- Ei, quem é você?
- Pq vc quer saber?
- Eu quero saber pq vc tá cantando o funk do Magalhães? O Magalhães é da UERJ!
- O que??? O Magalhaes é de quem??? O Magalhães é da ECO! Hahahahaha

E foi nessa briga de quem era o dono do Magalhães que eu conheci meu amigo querido Fábio Bebê Campos!!!

A partir daí foi uma festa! Parecia que no ENECOM só tinha aluno da ECO! Pq minhas amigas e eu (amigas essas que tanto freqüentaram a ECO posteriormente) para onde íamos, conhecíamos alguém de lá.

Destaque para o Christiano e Daniel, que vim saber depois serem os nomes dos veteranos que me interceptaram no dia da inscrição! Com ressalvas para o Daniel, que lembrava meu nome e o número de matrícula. Isso foi assustador para uma agora caloura da ECO, bêbada, no ENECOM de Maceió.

E essa é a verdade história desse relacionamento duplo que vivo até hoje! Depois daquele ENECOM minha vida e de minhas amigas (Karem, Larriza, Vomitona*, Rubinha*, a menina que bebia e a bunda crescia* etc) nunca mais foi a mesma! O bonde da UERJ, que tem carro bege, estava em todas as festas, choppadas, churrascos, bolinhos e afins! Mas essas são histórias pra outros posts!

PS1: Esse post é dedicado “a ele”, o poeta das massas, nosso querido MC Magalhães. Pois sem ele eu não estaria aqui hoje!

PS2: Alguns nomes foram ocultados para preservar as personagens!
PS3: Rap do Trabalhador (versão ao vivo) – MC Magalhães

Tchurunanublave............Maroulive
Tchurunanuglanver.........Maroulevre
Vendo Chokito-ô............Marouglive
Tironarublaive............Lalalalá
Vendo bala....................no Trabalho
Vendo Chokito-ô............Magalhanze
Trabalhador-ô.................quele Rap
Euuueuderado................temarada
Vende Bombom-ô..........Magalhanze
Considerado-ô................qualquer parada
Compru barulho-ô...........Magalhanze
Trabalhador-ô..................vendo bala
Tomaram minha caixa.....de bombom-ô
Do serenata....................de amor-ô
Aquele Rap.....................eu trabalho
Considerado-ô.................patabalho
Vou pro coleginho-ô.........César Maia
Quebrou a firma...............César Maia
Todo mundo duro-ô.........Magalhanze
"Agora dança do Magalhães vai lá ôôôô.......Magalhanze"
É quatoquaite..................Maroulive
Tchurunanublaive............Marioklunfer
Cato garrafa....................No Mackenzie
É Magalhanze................Magalhanze
Você trabalha..................Vende Chokito
Tchurunanublaive.............Maroulive
Tchurunalublanve.............lalalalá
Considerado-ô.................me pegaro-ô
Tomaram minha caixa......de bombão-ô
Serenata de amor-ôôô......Magalhanze
A Verdade.......................a verdade
Mando nas mulheres........eu que mando
É eu que mando...............Magalhanze
Você que é o cara............Magalhanze

3 comentários:

Hagen disse...

hahaha, Vivi conheci no dia do Trote. Andei com ela e mais duas amigas pelo Rio Sul. Acho que a Tati tb estava. Vc lembra Vivi? Ou sou eu que to confundindo tudo?
Ah, e por falar em festa do Hagen, aguarde quando eu voltar de Dublin. vou fazer uma irada.

Vqs disse...

Acho que lembro Hagen... mas lembro MESMO de vc no Mosca!

JJ disse...

Legal o post, Vivolha. Mas o Magalhaenze é da ECO. ;-P